Tradutores: Luciana Thiago, Maria Regina Torloni
Nome para contato: Jamie Hartmann-Boyce; jamie.hartmann-boyce@phc.ox.ac.uk
Pergunta da Revisão
Como as intervenções decretadas em resposta a desastres e emergências nacionais afetam os desfechos do diabetes durante e após estes eventos?
Buscas
As buscas serão baseadas naquelas rodadas para: https://www.cebm.net/covid-19/managing-diabetes-during-the-covid-19-pandemic/ e https://www.cebm.net/covid-19/supporting-people-with-long-term-conditions-ltcs-during-national-emergencies/
Condição a ser estudada
Diabetes (qualquer tipo)
Participantes/população
Pessoas com diabetes (sem restrições de idade ou tipo de diabetes); (apenas para estudos qualitativos) cuidadores de pessoas com diabetes e profissionais de saúde.
Intervenções/exposições
Qualquer intervenção implementada em resposta aos desastres e às emergências nacionais.
Comparadores/controle
Os estudos serão incluídos independentemente do grupo de comparação
Tipos de estudo a serem incluídos
Não haverá restrições quanto ao desenho do estudo.
Contexto
Esta revisão irá avaliar as intervenções implementadas em resposta aos desastres e emergências nacionais e seus impactos sobre as pessoas com diabetes. A definição de desastres e emergências nacionais é ampla, mas nesta revisão, consideramos apenas as situações que trazem algum impacto nos sistemas de prestação de cuidados de saúde, comunicação, atividade física, transporte e/ou fornecimento de alimentos. Isso levará à inclusão da maioria dos desastres naturais (como grandes tempestades, inundações e terremotos), assim como novas epidemias/pandemias de doenças infecciosas e conflitos/desordens civis e internacionais.
Desfechos primários
Os desfechos primários serão: níveis de HbA1c (hemoglobina glicada), internações hospitalares relacionadas ao diabetes, complicações do diabetes, qualidade de vida e mortalidade.
Desfechos secundários
Escores de saúde mental (incluindo ansiedade, depressão e angústia relacionada ao diabetes); Auto eficácia do diabetes; Eventos hipoglicêmicos graves; Cetoacidose diabética; Desfechos cardiovasculares (incluindo IAM, AVC); Pressão arterial; Hipertensão arterial; Barreiras, facilitadores e experiência do paciente avaliados por dados qualitativos.
Medidas de efeito
Para os desfechos contínuos, usaremos o risco relativo. Para os desfechos contínuos, usaremos a diferença de médias e, quando necessário (como para qualidade de vida), a diferença das médias padronizadas.
Extração, seleção e codificação dos dados
Dois revisores, trabalhando de forma independente, farão a seleção dos estudos usando o software Covidence. Na primeira fase, eles farão uma triagem dos estudos lendo seus títulos/resumos. Na segunda fase, eles farão a seleção dos estudos baseado na leitura dos textos completos. As discrepâncias serão resolvidas por discussão ou serão avaliadas por um terceiro revisor. A extração dos dados seguirá o método Cochrane (embora não seja uma revisão Cochrane), usando um formulário criado e testado para esta revisão. Novamente, as discrepâncias serão resolvidas por discussão ou avaliadas por um terceiro revisor. Colheremos os seguintes dados, de cada estudo: datas do estudo, tipo de estudo, fonte de financiamento do estudo, conflitos de interesse dos autores, país, local, detalhes do desastre/emergência, características da população (número de participantes, tipo de diabetes, medidas de controle do diabetes, idade, sexo, nível socioeconômico, comorbidades), detalhes da intervenção e os desfechos especificados acima.
Avaliação do risco de viés
A ferramenta usada para avaliar o risco de viés dependerá do tipo de estudo. A ferramenta de risco de viés Cochrane (ROB1) será utilizada para ensaios clínicos randomizados. A ferramenta Cochrane para estudos não randomizados de intervenções (ROBINS-I) será utilizada para estudos não randomizados com dados quantitativos. A ferramenta de avaliação da qualidade Joanna Briggs será utilizada para os estudos qualitativos.
Estratégia para a síntese dos dados
Prevemos que os estudos e dados serão tão heterogêneos que não será possível fazer uma síntese estatística na maioria ou em todos os casos. Quando não for possível combinar os dados em metanálises, apresentaremos os dados quantitativos seguindo a recente orientação da Cochrane sobre síntese de dados sem metanálise. Prevemos que iremos usar gráficos de direção de efeito como estabelecido no Manual da Cochrane, embora o método de síntese será, até certo ponto, guiado pela natureza e disponibilidade dos dados quantitativos. Quando a metanálise for considerada apropriada, usaremos modelos de efeitos randômico, calcularemos razões de risco combinadas e intervalos de confiança de 95% para os desfechos dicotômicos, e calcularemos diferenças de média e diferenças de média padronizadas para os desfechos contínuos. Os dados qualitativos serão sintetizados utilizando a análise estrutural.
Análise de subgrupos ou subconjuntos
Os estudos serão agrupados por tipo de intervenção, por tipo de diabetes e por nível socioeconômico dos participantes.
Planos de difusão
Os resultados serão publicados de forma contínua e hospedados no site do CEBM. Os resultados finais serão publicados em uma revista acadêmica. Para os formuladores de políticas, criaremos um pequeno documento com o resumo do estudo, incluindo uma tabela GRADE de resumo dos resultados. Criaremos um resumo para leigos que será revisado por pessoas com diabetes.